quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O semi-artesanato

Há alguns anos que o artesanato vem sofrendo com a competição dos produtos chineses, porém não se trata apenas de produtos acabados, existem também os produtos semi-acabados. Esses produtos podem ser encontrados em grandes centros de comércio popular onde são vendidos tanto no varejo, quanto no atacado.
Um exemplo é a região da rua 25 de março, localizada no centro da cidade de São Paulo. Por lá se encontra de tudo, desde pingentes para colares e pulseiras até caixas de madeira semi-prontas para que se possa dar um acabamento. Existem muitos relatos de artesãos que vão até lá para fazerem as suas compras, pois há uma enorme variedade de opções.
Nesse caso, o produto semi-acabado pode não ser tão ruim assim para o artesão, pois ainda pode-se fazer um produto diferenciado, é claro que não totalmente, mas existe também a vantagem de se poder produzir mais peças em um menor tempo. Isso vai de encontro com uma frequente reclamação dos artesãos que muitas vezes não conseguem atender à demanda, exatamente pelo fato de que os consumidores não gostam de esperar todo o processo produtivo, dessa forma o artesão se vê em uma situação desconfortável em relação ao seu cliente.
Não podemos esquecer que essa facilidade também pode ser prejudicial à questão da originalidade do produto final, a inspiração está sendo trocada pela produção em massa. Porém a maioria dos artesãos dizem se não fosse dessa maneira, eles não conseguiriam sobreviver.
E você, ao chegar em uma barraca de artesanato, consegue diferenciar um produto totalmente artesanal de um semi-artesanal?

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